Wednesday, 30 August 2017

"Estórias" À Quarta

A história que aqui se segue não foi escrita por mim. Pode ser encontrada, juntamente com outras tão boas, no livro do Sérgio Pereira - As Melhores Histórias do Futebol Mundial.

Esta é sobre um dos maiores fenómenos do futebol de sempre. O prodigioso Garrincha.



“JÁ ACABOU? QUE CAMPEONATO MIXURUCA É ESSE QUE NEM TEM SEGUNDA VOLTA?”

Chamavam-lhe o anjo das pernas tortas, com um argumento insuperável: tinha efectivamente as pernas tortas. Uma perna crescera mais 6cm do que outra e os joelhos curvavam ambos para a esquerda. Os médicos diziam que conseguir andar já seria um milagre. Mano Garrincha fez bem mais do que isso, porém. Andou, correu, curvou,simulou. Tornou-se um malabarista da bola, a alegria de um povo e um exemplo de popularidade. Ganhou 2 mundiais e fez 10 filhos em dois continentes.

Era uma criança no corpo de um adulto que o álcool derrotou aos 49 anos. Para trás deixou uma carreira feita de inocência, ingenuidade e humildade. Nunca sabia o nome da equipa contra quem ia jogar e tratava todos os adversários por João. Era uma forma de simplificar o expediente. No fundo, tudo o que não fosse pegar na bola, partir para cima do adversário e ganhar a linha de fundo, era apenas isso: trabalho de escritório. Garrincha detestava-o. Não lhe abria o sorriso na alma de criança.

Tanto jogava no Maracanã cheio como no descampado de Pau Grande, a cidade natal para onde regressava, de pois de cada treino no Botafogo, para beber cerveja, jogar futebol e colocar armadilhas para apanhar pássaros.

Foi 3 vezes campeão carioca, 3 vezes campeão brasileiro e 2 vezes campeão do mundo: mas os títulos não lhe diziam nada.

Na final do Campeonato do Mundo de 58, por exemplo, enquanto os companheiros celebravam como loucos o primeiro título mundial do Brasil, Garrincha parecia perturbado: “Ué, já acabou? Que campeonato mixuruca é esse que nem tem segunda volta?!”. Era o Mundial e Garrincha descobrira que tinha acabado de jogar a final. Mas ele era mesmo assim, só queria driblar, correr e fazer diabruras.

Uma outra vez, aliás, fintou toda a gente e ficou uma eternidade à frente do guarda-redes a fazer simulações. Quando lhe perguntaram por que demorar tanto tempo a fazer o golo, Garrincha explicou-se: “o guarda-redes não queria abrir as pernas, fiquei esperando…”

Chamavam-lhe a alegria do povo.

Tuesday, 29 August 2017

O Primeiro Toque

O Calipolense realizou ontem o primeiro treino da época. O Calipo marcou presença, por intermédio de um enviado especial que acompanhou o primeiro dia de trabalhos do novo plantel. Cá está ele, o grande Amável Pinto, devidamente camuflado.



As capacidades técnicas e tácticas, tanto no sector defensivo como na transição ofensiva, deixaram o Amável Pinto francamente impressionado. Segundo disse: "arrisco afirmar que o Calipolense hoje está aqui, mas amanhã estará ali". 

Monday, 28 August 2017

O Calipolense

Este blog foi criado com a intenção de acompanhar, cá de longe, o Calipolense ao longo da época 2017-18. 
Espera-se que tenha sucesso e ganhe mais do que perca. Mas o mais importante é que os jogadores se divirtam e que as pessoas de Vila Viçosa se divirtam com eles. Que os adversários se sintam bem acolhidos no nosso campo e que os seus apoiantes se sintam em casa na nossa terra. O resto são pormenores. 
O futebol serve para a gente se entreter e passar um bom bocado. A jogá-lo ou a vê-lo. As pessoas fizeram hoje da bola um espectáculo triste. Triste pelo dinheiro que movimenta, pelas intrigas que o envolvem e pelas desavenças que origina. 
No distrital é diferente. O Calipolense é que devia passar na Sportv. Somos os maiores do mundo, ou pelo menos de Vila Viçosa.
Boa sorte!

O Calipo Azulado!


Surge nas bancadas do Figueiredo
Entre a Misericórdia e o Ouro Branco
O Calipo Azul, que tarde ou cedo
É campeão de coroa, ceptro e manto.

Sempre ao desafio em casa e fora
Com lealdade, denodo e garbo
Encontra a Vitória onde ela mora
Quando perde não solta brado

O Viriato não conquistou Milão
E a humildade não vê estrelato
O distrital é a nossa divisão

Não é um blog, é um gelado
Do Vale Formoso pois então
Deixa o Calipo ser azulado!